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Saiba por que a cor roxa não existe

Pode parecer surpreendente, mas a cor roxa, tal como a conhecemos, na verdade, não existe de forma independente no espectro de luz. Isso porque nossa percepção das cores está diretamente ligada aos comprimentos de onda da luz que nossos olhos captam.

Cada cor que vemos corresponde a um comprimento de onda específico. O vermelho, por exemplo, tem o maior comprimento de onda, em torno de 700 nanômetros, enquanto o violeta, com 380 nanômetros, tem o menor. Quando a luz ultrapassa esses limites, entramos no campo do invisível: abaixo de 380 nanômetros está o ultravioleta, e acima de 700 nanômetros encontramos o infravermelho.

Mas o que torna o roxo tão especial? Diferente das cores que fazem parte do espectro visível, como o vermelho ou o violeta, o roxo é uma "cor não espectral". Isso significa que ele não possui um comprimento de onda próprio. O que enxergamos como roxo é, na verdade, uma criação do nosso cérebro, que mistura diferentes comprimentos de onda para formar essa cor. Em termos simples, o roxo não existe na natureza como uma cor isolada —ele é uma ilusão gerada pelo nosso sistema visual.

Além disso, o modo como cada pessoa percebe as cores pode variar. Os cones, células presentes nos nossos olhos, captam diferentes comprimentos de onda e enviam esses sinais ao cérebro, que os traduz em cores. No entanto, essa interpretação pode não ser exatamente a mesma para todos.

Isso significa que a cor que você vê pode ser ligeiramente diferente da cor que outra pessoa enxerga. Por exemplo, enquanto uma pessoa pode perceber um azul como vibrante, outra pode enxergá-lo como mais apagado. Essa variação acontece porque o processamento das cores não depende apenas dos comprimentos de onda que atingem nossos olhos, mas também da maneira como o cérebro interpreta esses sinais.

Uma forma fácil de experimentar como as cores são percebidas de forma diferente é com uma luz branca e um prisma de vidro. Quando você passa a luz branca através do prisma, ela se divide nas cores do arco-íris, que são diferentes comprimentos de onda visíveis.

Se você tentar misturar as luzes azul e vermelha, o que você verá é o roxo, mas, como explicamos, esse roxo não é uma cor real —é apenas o resultado de como nossos olhos e cérebro combinam essas cores. Assim, as cores que vemos são, em grande parte, criações únicas do nosso cérebro, tornando a experiência de enxergar o mundo algo pessoal e fascinante.

FOLHA SP




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