PAULO GUEDES - 75 ANOS HOJE, 24/08.
Paulo Roberto Nunes Guedes GCRB • GOMM (Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1949) é um economista brasileiro. Foi ministro da Economia do Brasil no governo Jair Bolsonaro, de 2019 a 2023.
É formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre e doutor pela Universidade de Chicago, e foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Foi um dos fundadores do Banco Pactual e de vários fundos de investimentos e empresas, bem como vice-presidente do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), criado para ser um instituto de pesquisas sobre o mercado financeiro.
Guedes foi anunciado em novembro de 2018 pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro como titular do Ministério da Economia, que ainda não existia e viria a ser criado no dia da sua posse como ministro, em 1.º de janeiro de 2019. Até então, o único envolvimento político de Guedes havia sido em 1989, quando participou da elaboração do plano de governo do ex-ministro Guilherme Afif Domingos, que foi candidato à presidência da República nas eleições daquele ano.
Nesse ano de 2019, foi eleito pela revista inglesa GlobalMarkets como melhor ministro da economia da América latina.
Biografia
Nascido no Rio de Janeiro, Paulo Guedes é filho de uma servidora do Instituto de Resseguros do Brasil e de um vendedor de material escolar. Tem um irmão mais novo, Gustavo Henrique Nunes Guedes.
Estudou no Colégio Militar de Belo Horizonte (CMBH) entre 1961 e 1967. Naquele período, Guedes morou com a família no Bairro Barroca, na capital mineira, onde passou a infância e a juventude.
Graduou-se na Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e completou o seu mestrado na Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em 1974, obteve bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ingressou no Departamento de Economia da Universidade de Chicago, instituição de referência.Por não ter sua pós-graduação brasileira reconhecida pela Universidade de Chicago, Guedes obteve novo mestrado, antes de ingressar no programa de doutoramento daquela universidade, concluído em 1978.
Também atuou como docente, em regime de dedicação parcial, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) no Rio de Janeiro.Na época Guedes gostaria de ter atuado como docente da FGV, mas esta não tinha vagas.
Durante a ditadura militar chilena, aceitou uma cadeira de docência em tempo integral Universidade do Chile, então sob intervenção militar. Segundo jornalista chileno especializado em política brasileira:
quando Guedes voltou de Chicago para o Brasil com seu doutorado, sentiu-se marginalizado. Os economistas que tinham a hegemonia naquele momento não lhe deram nem as posições acadêmicas nem os cargos no governo que ele sentia que merecia. Então, nos anos oitenta vem para o Chile, onde é recrutado por Selume [Jorge Selume, ex-diretor de Orçamento do regime de Pinochet, que então dirigia a Faculdade de Economia e Negócios da Universidade do Chile]. Queria conhecer em primeira mão as reformas que os Chicago boys estavam promovendo no país.
— Cristián Bofill, jornalista
Guedes afirmava pretender fazer no Brasil as reformas que foram feitas no Chile de Pinochet: autonomia do banco central, câmbio flutuante, equilíbrio fiscal (equilíbrio entre receitas e despesas públicas) e previdência social no regime de capitalização.
Paulo Guedes foi diretor técnico, sócio e docente do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), na década de 1980, onde atuou por dezesseis anos.
Em 1983, foi um dos sócios fundadores do Banco Pactual, junto a André Jakurski e Luiz Cezar Fernandes.
Em 1986, uma previsão de Guedes sobre a falha do Plano Cruzado que seria apresentado naquele ano transformou-se numa aposta que alavancou o crescimento do Pactual quando no mesmo ano o plano viria a falhar miseravelmente. O economista nunca foi filiado a um partido político e sua única atuação anterior na política foi ao participar da elaboração do plano de governo do ex-ministro Guilherme Afif Domingos, quando este se candidatou a presidente da República nas eleições de 1989.
Em 1997, Guedes e Jakurski deixaram o Pactual quando Luiz Cesar pressionou pela transformação do banco de investimentos num banco de varejo,[25]:35-30 e montou junto a Jakurski a gestora de recursos JGP Nextar Fund,[11][26] onde era um dos responsáveis pela supervisão da gestão do Fundo JGP Hedge e pela estratégia das operações. [carece de fontes]
Também tornou-se membro do conselho diretor da PDG Realty S.A Empreendimentos e Participações, da Abril Educação S.A.e da Localiza Rent a Car S.A. Também foi sócio-fundador do grupo financeiro BR Investimentos, que viria a ser da Bozano Investimentos (atual Crescera Capital), no qual ele saiu em 2018.
Atuou como colunista dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo e das revistas Época e Exame, abordando temas ligados ao mercado de capitais e gestão de recursos. Em sua coluna no jornal O Globo, Guedes foi crítico do cenário político brasileiro, destacando a Operação Lava Jato como referência no combate à corrupção.
Guedes é a favor da integração econômica via moeda única regional na América do Sul.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Guedes