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O bilionário que construiu um estádio de US$ 300 milhões e pretende levar Wesley do Inter

Um russo com US$ 3,2 bilhões na conta e dono da posição 933 na lista de bilionários da Forbes é quem está levando Wesley para o Krasnodar.

Sergei Galitski, 57 anos, é mais do que o proprietário do clube. É o responsável por fundá-lo em 2009 e, através dos seus contatos no Kremlin, fazê-lo estrear direto na terceira divisão e subir até a elite em dois anos sem nem sequer ficar nas posições de classificação.

Por coincidência, na terceirona, os dois clubes que garantiram o acesso desistiram. No ano seguinte, acabou em quinto, mas outra vez os times à frente abriram mão de suas vagas, sob alegação de falta de recursos.

Galitiski recebeu, de Putin, condecoração por ser um "incentivador do esporte". No começo da década passada, o presidente russo estimulou que novos clubes privados fossem criados no futebol local, já que os tradicionais, como CSKA, Lokomotiv e Spartak estavam ligados a estatais.

O bilionário criou a maior rede de supermercados e lojas de conveniência da Rússia, a Magnit, hoje com mais de 9 mil lojas e 230 mil funcionários em todo o país. O empresário vendeu a empresa em 2018, ficando com 3% das ações, e passou a se dedicar exclusivamente ao Krasnodar e, claro, alguns negócios menores que toca, como uma vinícola, a Russian Terroir.

Dois anos antes, ele havia inaugurado o Krasnodar Stadium, ao custo de US$ 300 milhões. Além da casa nova, a academia do clube, para formação de novos talentos, e o CT, com dois hotéis cinco estrelas e oito campos, são seus orgulhos. Não maiores do que o parque de 22,7 hectares que construiu perto do estádio, ao custo de US$ 69 milhões. Veja fotos abaixo.

No ano passado, o parque ganhou um jardim japonês, cujo grande destaque é o roseiral. Aliás, o bilionário costuma investir em ações para a comunidade. Desde 2019, investe US$ 44 milhões na recuperação de um cinema histórico em Krasnodar.

— Ainda não houve uma geração de pessoas ricas que percebessem que não precisam de tanto dinheiro. Não há bolsos no seu caixão. Você ganhou na sociedade e tem que retribuir à sociedade. Você não consegue comer dois cafés da manhã, não importa o quanto tente — diz o russo benevolente.

O Krasnodar é sua paixão. O clube já foi duas vezes vice da Copa da Rússia e em três ocasiões terminou a Premier League russa no G-3. Falta o título. Neste ano, o clube foi para o recesso de inverno na liderança, dividida com o todo-poderoso Zenit, ambos com 39 pontos, dois à frente do Spartak.

Wesley, além de todo o conforto no hotel cinco estrelas do clube, estará entre brasileiros e latinos. Estão lá os zagueiros Diego Costa, ex-São Paulo, Vítor Tormena e Kaio, esses dois últimos com carreira feita em Portugal, e o ex-Botafogo Vitor Sá.

O clube ainda tem os colombianos Kevin Castaño e John Córdoba, esse titular da seleção, e os laterais uruguaios Olaza e Giovani González.

Além da legião sul-americana, Wesley estará a 280 quilômetros de Sochi, destino de férias dos russos às margens do Mar Negro e que, pelo clima litorâneo, foi escolhida como sede do Brasil na Copa de 2018.

GZH




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