Mandados de busca e apreensão são cumpridos pela Polícia em Giruá e em Santo Ângelo
Mandados de busca e apreensão, referentes à investigação policial em curso, por crimes de falsidade ideológica e estelionato, foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (11), em Santo Ângelo e em Giruá. Ainda de acordo com informações do delegado Rafael dos Santos, titular da Draco, na Capital das Missões, o proprietário e funcionários de uma loja especializada em artigos para caça e pesca são suspeitos de falsificar declarações de compras com a finalidade de vender munições e demais insumos para pessoas não autorizadas.
“Temos indícios bem robustos no sentido de que houve falsidade ideológica e até mesmo crime de estelionato por parte do estabelecimento. Vamos apurar até quanto os proprietários tinham conhecimento, mas a gente acredita que sim. Um funcionário também já está identificado como alguém que fez essa transação. Já temos, com esses documentos que foram apreendidos, evidente suspeita de terem sido falsificados, já que as próprias pessoas nos confirmaram que não realizaram aquelas compras. No entanto, as assinaturas constam nessas declarações de compras. É uma questão mais formal de encaminhar essa documentação para perícia técnica”, menciona o delegado Rafael dos Santos.
Ainda segundo a autoridade policial, ao menos cinco vítimas, dentre Caçadores/Atiradores/Colecionadores (CACs) habilitados, foram identificadas com tendo seus nomes usados para compras superiores ao que efetivamente teriam adquirido no estabelecimento. “Pelo menos cinco, mas temos convicção de que há mais indivíduos e CACs que, sem dúvida alguma tiveram o nome utilizado para essa compra indevida”, ressalta a autoridade policial.
Origem da investigação
Ainda segundo informações da Draco, a investigação teve origem quando, a partir da Operação Satus, a delegacia especializada de Santo Ângelo apurou que um dos investigados, preso por envolvimento com o tráfico de drogas e integrante de organização criminosa, adquiriu munições 9mm no estabelecimento, mesmo sem autorização para tanto, conforme essa polícia judiciária.
O Exército Brasileiro já havia suspendido, desde abril de 2024, o Certificado de Registro para comercialização de Armas e Munições da empresa, instaurando um Processo Administrativo Sancionador, em andamento, para elucidar os fatos na esfera administrativa. Os mandados foram cumpridos na cidade de Giruá, no endereço da loja, e na residência do proprietário em Santo Ângelo. Havia uma loja da mesma empresa em Santo Ângelo, mas que teve suas atividades encerradas recentemente.
Durante as diligências, foram apreendidos documentos inerentes à investigação em curso, além de telefones celulares. Policiais da Delegacia de Polícia de Giruá apoiaram a ação desencadeada pela especializada.
Fonte: Polícia Civil