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Mais da metade da população de São Paulo vive algum grau de insegurança alimentar, diz pesquisa

Mais da metade da população da capital paulista vive, atualmente, em domicílios com algum grau de insegurança alimentar (leve, moderada ou grave), totalizando 5,8 milhões de pessoas.

É o que mostra um estudo conduzido pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional em parceria com o Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional da cidade de São Paulo.

Deste total, cerca de 1,4 milhão de pessoas (12,5%) enfrentam insegurança alimentar grave –o que significa conviver com a fome e a privação de alimentos por falta de recursos financeiros.

Já 1,5 milhão (13,5%) vivem em situação de insegurança moderada, e outros 2,8 milhões (24,5%), com grau leve. São pessoas que se preocupam com a disponibilidade de alimentos no futuro próximo, mudaram a qualidade da alimentação, reduziram a variedade dos alimentos, diminuíram o tamanho das porções ou pularam refeições

O levantamento também faz recortes geográfico, de gênero e de raça.

A pesquisa mostra que cerca de 72% das pessoas com algum grau de insegurança alimentar vivem nas áreas mais afastadas do centro da capital. E que lares chefiados por mulheres têm 1,8 vezes mais situações de fome do que quando o responsável é um homem.

Já aqueles chefiados por pessoas negras têm 1,4 vezes mais chances de enfrentar a insegurança alimentar, em comparação com domicílios liderados por pessoas brancas.

Outro dado que se destaca é o de que entre os lares que se encontram em situação de insegurança alimentar grave, 68,3% não recebem Bolsa Família. A pesquisa foi realizada por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal do ABC (UFABC) entre maio e julho deste ano.

Folha SP




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