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FLASH BACK DOS 60 ANOS - EM 1983 INGRESSEI NO EXÉRCITO

Ingressei no Exército em 1983, na cidade de Santa Rosa, 19º RCMec - Regimento de Cavalaria Mecanizado. Em virtude de já possuir a carteira de habilitação, ingressei como motorista no 3º Esquadrão; comandado pelo Tenente Trentin; e o pelotão; pelo Tenente Soares. Este último; um tenente muito dedicado e duro com seus comandados.

No dia em que me apresentei, conheci entre outros recrutas, um sujeito, cujo nome de guerra era Knapp, oriundo de Santo Cristo. Infelizmente, depois de um acidente grave que sofreu, hoje não está mais entre nós. A simpatia que tive pelo cara, me fez convidá-lo a dividir o meu quarto, na casa de meus pais, onde eu morava. E passamos aquele ano juntos servindo o Exército Brasileiro.

Lembro que tinhamos no pelotão, entre outros, o sargento Soares, um carioca de carreira que era faixa preta em judô e com quem fiz uma boa amizade. Gravava umas fitas K-7 com músicas novas pra ele e fazia uma média com o Sargento. Ele era radical e durão. Num dos exercícios de campo que fizemos, as margens do rio Santo Cristo, lembro que os soldados tinham que pular do caminhão andando.

Eu, como motorista, conduzia a viatura, um caminhão de guerra, caixa seca, de acordo com a determinação do superior, neste caso o Sargento Soares. Ele, tinha alguns jargões, dentre os quais um que nunca vou esquecer. Meu nome de guerra era "Soldado Paz", que ironia, e então com sotaque ele dizia " Soldado Paes", acelera está máquina "vamos verrr esses Mucurebas pular como homens deste caminhão". A previsão era pular com a viatura andando a 10 e 15 km/h e ele insistia para que eu fosse um pouco mais rápido. "Vamos Soldados Paess, que esses Mucurebas tem messmo é que se essscafeder!. Hahahahah era uma figura o magrão, Sargento Soares.

Meu amigo e colega de farda Knapp tinha uma habilidade que se destacava, além de saber tocar violão e cantar, ele imitava inúmeros pássaros. Então, por onde andava, levava um bando de bichos cantores junto com ele. Era um cara muito gente fina, sempre alegre e sorrindo. Naquela época eu já era locutor de rádio e fazia um programa de muito sucesso na Rádio Santa Rosa, o Dó, Ré, Mi do Disco, das 21 às 23 horas. Hoje não sei nem se a emissora ainda está no ar, dado ao infeliz abandono que vergonhosamente seu proprietário tem pelo veículo. Mas, esta é uma outra história que, oportunamente, vamos relembrar no Flash Back dos 60 Anos.

Eduardo Paz Mendes




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