EDITORIAL - A MORTE PELA IMPRUDÊNCIA
Depois das evidências, especialmente climáticas, qualquer pessoa com um pouco de noção de Prudência na Aviação, mesmo não sendo do ramo, chega a conclusão de que houve uma infeliz decisão que causou a trajédia de Gramado.
Quando não existe a menor visibilidade e nenhum auxílio de instrumentos para instruir o piloto, alçar vôo, como fez o empresário que pilotava a aeronave, é levar seus ocupantes para uma tragédia, como de fato aconteceu.
A perícia ainda não trouxe a público o resultado de suas apurações mas, está claro que com uma aeronave espatifada, sem caixa preta, e com o forte cheiro de querosene que ficou no local. logo após a queda, restam possibilidades mínimas de apurações e, por isso, a conclusão óbvio de imperícia do piloto.
Digamos que houvesse uma pane no motor. Como saber depois de um acidente em que apenas sobraram ferros retorcidos?
Dele fica a lição de que nunca se pode menosprezar o mau tempo, especialmente na aviação. E, sem nenhum instrumento para auxiliar o piloto, é praticamente um ato de suicídio. Tantas vidas por uma atitude infeliz.
E outra, quando a nossa vida está em risco, é preciso ter a coragem para dizer não, quando as condições do tempo ou do piloto não nos transmitirem confiança.
Lamentável.
Eduardo P. Mendes