DIA 16 DE JULHO
16 / JUL / 1796
Nasce Jean Baptiste Camille Corot
Jean Baptiste Camille Corot foi um pintor francês, que nasceu em 16 de Julho de 1796 no seio de uma família de comerciantes. De formação neoclássica, recebeu influências de Victor Bertin, de quem aprendeu os princípios de composição clássicos que caracterizaram as paisagens de suas obras: Fórum (1826) e a Ponte de Narni (1827). Percorreu a Europa fazendo pequenos esboços a óleo que estão entre as primeiras paisagens francesas pintadas diretamente do natural. Desde 1845, e depois de ter conseguido um grande sucesso de crítica, começou a vender suas obras.
Depois, suas paisagens foram se convertendo em criações mais imaginárias: Lembrança de Mortefontaine (1864, Museu do Louvre). Pintou obras extraordinárias como O Campanário de Douai (1871, Museu do Louvre). A captação da atmosfera própria do ar livre e o estudo da luz colocam-no dentro da genealogia do Impressionismo. Não faltam na sua pintura os retratos e os estudos de figuras humanas. Foi um homem singelo e generoso com seus amigos e alunos, tanto no que se refere ao dinheiro como ao tempo (chegou inclusive a assinar quadros de colegas pouco afortunados), o qual lhe valeu o sobrenome de "Père Corot" (Pai Corot). Faleceu em 22 de Fevereiro de 1875 em Paris.
16 / JUL / 1835
Livrou-se Batalha de Mendigorría
A Batalha de Mendigorría teve lugar nos campos situados ao sul desta localidade na Espanha, no dia 16 de Julho de 1835, entre os partidários do infante Dom Carlos María Isidro de Borbón, conhecidos como carlistas, e partidários de um regime absolutista, por um lado; e por outro lado, os da rainha Isabel II da Inglaterra, adeptos de um regime liberal, e denominados cristinos por apoiar à regente María Cristina de Borbón, e que lutaram para aprisionarr Dom Carlos e dizimar o exército carlista.
Na Batalha de Mendigorría enfrentaram-se 24.000 carlistas, todos eles comandados pelo general espanhol Vicente González Moreno (quase toda a armada de Dom Carlos) e 36.000 liberais ao comando do militar e diplomata espanhol, Luis Fernández de Córdoba. A vitória foi conseguida pelo grupo liberal que além de aprisionar Dom Carlos frustraram seus desejos de subir ao trono.
16 / JUL / 1872
Nasce Roald Amundsen, explorador norueguês que atingiu o Polo Sul
Roald Engelbregt Gravning Amundsen nasceu em 16 de Julho de 1872 e faleceu em 18 de Junho de 1928, foi um explorador norueguês das regiões polares. Dirigiu a expedição à Antártida que pela primeira vez atingiu o Polo Sul. Também foi o primeiro em sulcar o Caminho do Noroeste, que unia o Atlântico com o Pacífico, e fez parte da primeira expedição aérea que sobrevoou o Polo Norte.
Contava com uma excelente formação naval e uma especial habilidade nas técnicas de sobrevivência, apreendidas em parte de sua experiência em esportes de inverno, na vida dos esquimós, e nas expedições que o precederam. Amundsen nasceu numa família de capitães e proprietários de navios. Seu pai faleceu quando Roald contava com 14 anos. Depois sua mãe obrigou-o a se afastar da indústria naval familiar e o pressionou para que estudasse medicina, uma promessa que Amundsen manteve até que sua mãe morreu quando ele tinha 21 anos.
Sempre tinha sentido um oculto desejo pelas viagens e uma vez tendo deixado os estudos, tornou-se marinheiro e decidiu se dedicar à exploração das regiões polares. Um dos primeiros problemas com os quais topou foi de caráter financeiro. À procura de um patrocinador, viajou aos Estados Unidos onde conheceu o milionário Lincoln Ellsworth, que junto a outras pessoas contribuiu economicamente para suas explorações polares.
16 / JUL / 1918
Czar Nicolau II e sua família são executados por bolcheviques
Em Yekaterinburg, na Rússia, o czar Nicolau II e a sua família foram executados em um dia como este, no ano de 1918, pelos bolcheviques - assim chamados os integrantes da facção do Partido Operário Social-Democrata Russo liderada por Vladimir Lênin -, fato que deu fim a três séculos de governo da Dinastia Romanov. Coroado em 1986, Nicolau não estava preparado para governar, o que não ajudava em nada a imensa vontade do povo por mudanças.
O desastre veio quando a Guerra Russo-Japonesa levou à Revolução Russa de 1905, que somente acabou depois que Nicolau aprovou uma assembleia representativa, a Duma, e prometeu reformas constitucionais. Contudo, o czar repetidamente faltava com suas promessas e dissolveu a Duma quando sofria oposição, contribuindo para o crescimento do apoio aos bolcheviques e outros grupos revolucionários. Em 1914, Nicolau levou a Rússia para outra Guerra, a Primeira Guerra Mundial. O país não estava preparado para entrar no conflito, e o descontentamento cresceu com a falta de comida, com perdas militares e derrotas para os alemães.
Em março de 1917, a revolução eclodiu nas ruas de Petrogrado (atual São Petersburgo) e Nicolau foi forçado a abdicar do seu trono no final desse mês. Em novembro daquele ano, os radicais socialistas bolcheviques, liderados por Lênin, tomaram o poder na Rússia e formaram um governo provisório, que pediu a paz para as Potências Centrais na Primeira Guerra e estabeleceu o primeiro estado comunista do mundo. A guerra civil eclodiu na Rússia em junho de 1918, e em julho os "brancos", forças russas antibolcheviques, avançaram em Yekaterinburg, onde localizaram Nicolau e a sua família, durante uma campanha contra as forças bolcheviques. As autoridades locais receberam ordens para evitar um resgate dos Romanov, e, depois de uma reunião secreta, uma sentença de morte foi passada para a família imperial.
No final da noite de 16 de julho, Nicolau, Alexandra, seus cinco filhos e quatro funcionários foram obrigados a se vestir de forma rápida e descer até o porão da casa em que estavam detidos. Lá, a família e os funcionários foram dispostos em duas fileiras para uma fotografia que, conforme havia sido falado, era tirada para acabar com os rumores de que eles teriam escapado. De repente, uma dúzia de homens armados invadiu o local e matou a família a tiros. Os restos mortais de Nicolau, Alexandra e de três de seus filhos foram escavados em uma floresta perto de Yekaterinburg, em 1991, e positivamente identificados dois anos depois, usando exames de DNA.
O príncipe herdeiro Alexei e uma filha dos Romanov não foram contabilizados, alimentando a lenda de que Anastasia, a filha mais nova, teria sobrevivido. Das várias "Anastasias" que surgiram na Europa na década após a Revolução Russa, Anna Anderson, que morreu nos Estados Unidos, em 1984, foi a mais convincente. Em 1994, no entanto, os cientistas usaram DNA para provar que Anna Anderson não era a filha do czar, mas uma polonesa chamada Franziska Schanzkowska.
16 / JUL / 1945
Projeto Manhattan: Bomba Atômica é testada com sucesso
Em um dia como este, no ano de 1945, às 5h29min45seg, o Projeto Manhattan chegou a um final literalmente explosivo quando a primeira bomba atômica foi testada com sucesso em Alamogordo, no Novo México. O brigadeiro-general Leslie R. Groves, que também era engenheiro, estava no comando de um projeto, junto às maiores mentes da ciência, para descobrir como aproveitar o poder do átomo como um meio de levar a guerra a um fim decisivo.
O Projeto Manhattan (assim chamado por conta do local de seu início) passaria ainda por outros locais durante o período inicial de exploração teórica, entre eles, a Universidade de Chicago, onde trabalhava o físico italiano Enrico Fermi. O projeto tomou forma final no deserto do Novo México, onde, em 1943, Robert J. Oppenheimer começou a dirigir Projeto Y em um laboratório em Los Alamos, ao lado de Hans Bethe, Edward Teller e Fermi.
Finalmente, na manhã do dia 16 de julho, no deserto do Novo México, a 193 quilômetros ao sul de Santa Fe, a primeira bomba atômica foi detonada. Os cientistas e alguns dignatários ficaram a mais de nove quilômetros de distância para observar a nuvem em formato de cogumelo de luz ardente, que se alongou por 12 quilômetros no ar e produziu um poder destrutivo equivalente a 15 mil e 20 mil toneladas de TNT. A torre em que estava a bomba quando ela foi detonada simplesmente evaporou.
Depois do sucesso da bomba, a pergunta era: contra quem esta arma seria usada? A Alemanha era o principal alvo, mas o país já havia se rendido na Segunda Guerra Mundial. O único beligerante era o Japão. Vale lembrar que, inicialmente, o projeto havia sido orçado em US$ 6 mil, mas no final das contas o custo total foi de US$ 42 bilhões.
16 / JUL / 1950
No "Maracanazo", Uruguai derrota Brasil na final da Copa
No dia 16 de julho de 1950 o futebol brasileiro sofreu, provavelmente, uma das suas mais amargas derrotas da história. No primeiro mundial realizado após o encerramento da Segunda Guerra Mundial, os jogadores da seleção brasileira estavam diante da chance de conquistar, dentro de casa, o primeiro título de Copa do Mundo.
Em uma partida em que era considerado favorito, o Brasil recebeu o Uruguai no estádio do Maracanã, diante de um público de 200 mil pessoas, sendo que entre elas estavam somente algumas centenas de uruguaios. Ao time local, bastava um empate, mas mesmo assim a equipe da casa se lançou ao ataque.
No jogo, o Brasil marcou primeiro com o atacante Albino Friaça, que balançou a rede logo aos 10 minutos de partida. Contudo, no segundo tempo, os uruguaios empataram com Schiaffino e depois sacramentaram a vitória e também a conquista do título mundial com um gol de Ghiggia, que calou a imensidão de torcedores no Maracanã. Era o fim da festa brasileira que havia sido armada antes mesmo do jogo e que teve o Uruguai como convidado mais indigesto.
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