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01 / Nov / 1512
Teto da Capela Sistina, de Michelangelo, é exibido ao público pela primeira vez
Uma das obras de arte mais famosas do mundo era exibida ao público pela primeira vez, em um dia como hoje, em 1512. O teto da Capela Sistina, com os épicos afrescos do artista renascentista Michelangelo Buonarroti estava pronto após quatro anos de trabalho. Depois de demonstrar seu talento com esculturas como Pietá (1498) e Davi (1504), Michelangelo foi chamado em 1508 para pintar o teto da Capela Sistina, local onde atualmente ocorre o conclave, o processo de escolha dos papas da Igreja Católica, no Vaticano.
A pintura é composta por nove painéis dedicados à história do mundo bíblico. O mais famoso deles, provavelmente, é "A Criação de Adão", em que Deus e Adão esticam os braços um em direção ao outro. Em 1534, Michelangelo retornou à Capela Sistina para pintar "O Último Julgamento", na parede acima do altar, para o Papa Paulo III. Michelangelo seguiu trabalhando e morando em Roma até o dia de sua morte, no dia 18 de fevereiro de 1564.
01 / Nov / 1604
Peça Otelo, o Mouro de Veneza, de Shakespeare, é encenada pela primeira vez
Um dos clássicos de William Shakespeare era apresentado pela primeira vez, em um dia como este, em 1604, no Whitehall Palace, em Londres. Apesar de ter sua exibição inaugural ter acontecido há mais de 400 anos, a peça Otelo, o Mouro de Veneza (no original, Othello, the Moor of Venice) comprovou ser ainda atual por abordar temas como racismo, amor, ciúme e traição.
A história tem quatro personagens principais: Otelo (um general mouro que serve ao reino de Veneza), sua esposa Desdêmona, seu tenente Cássio e seu suboficial Iago. Uma trama conduzida pelo vilão Iago para separar Otelo e Desdêmona conduz a história para um desfecho trágico. Shakespeare teria escrito a peça inspirado pelo conto italiano Un Capitano Moro ("Um Capitão Mouro") de Cinthio, discípulo de Boccaccio, que foi primeiramente publicado em 1565. A obra de Shakespeare já recebeu inúmeras adaptações para televisão, cinema, óperas e literatura.
01 / Nov / 1922
Morre Lima Barreto, escritor brasileiro
Autor do clássico Triste Fim de Policarpo Quaresma, o escritor e jornalista Lima Barreto morreu no dia 1 de novembro de 1922, no Rio de Janeiro. Nascido na capital fluminense no dia 31 de maio de 1881, ele, apesar de ser mulato em um país que acabara de abolir oficialmente a escravatura, teve acesso a uma boa educação. Sua mãe morreu morreu cedo e o padrinho de Lima Barreto, o Visconde de Ouro Preto, pagou por sua educação. Em 1904, contudo, teve que abandonar os estudos para sustentar os irmãos já que seu pai começou a ter acessos de loucura. Lima Barreto entrou por concurso no Ministério da Guerra, encarregado de fazer cópias, registros e correspondências. Ao mesmo tempo, também colaborava com vários jornais e revistas.
Em 1909, fez sua estreia como escritor de ficção com o romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, recheado de traços autobiográficos. Em seus textos, Lima Barreto sempre criticou a sociedade brasileira, que, na sua visão, é preconceituosa e hipócrita. Em 1911, publicou Triste Fim de Policarpo Quaresma, em formato de folhetins, no Jornal do Commercio, do Rio. Lima Barreto teve que conviver com críticos que desaprovavam seu texto por conta do uso do português mais coloquial, típico da imprensa. Contudo, sua forma de escrever influenciou os escritores modernistas. Na sua obra prevalece a temática social, privilegiando pobres e boêmios. O escritor convivia com o vício do alcoolismo e com internações psiquiátricas, já que sofria com crises forte de depressão, que o levaram à morte precoce aos 41 anos.
01 / Nov / 1955
Começa a Guerra do Vietnã
Apesar de nunca ter havido uma declaração de guerra oficial, convencionou-se considerar o dia 1º de novembro de 1955 como o início da Guerra do Vietnã, pois é a partir dessa data que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos começa a contabilizar as mortes no conflito. O confronto foi intensificado pela Guerra Fria entre os EUA e a União Soviética. Por volta de 3 milhões de pessoas foram mortas em 20 anos de guerra (incluindo 58 mil soldados dos EUA). Mais da metade das vítimas eram civis vietnamitas.
Antecedentes
O Vietnã é uma nação do sudeste da Ásia no extremo leste da península da Indochina que estava sob o domínio colonial francês desde o século XIX. Durante a Segunda Guerra Mundial, as forças japonesas invadiram o país. Para combater tanto os japoneses quanto a administração colonial francesa, o líder político Ho Chi Minh - inspirado pelo comunismo chinês e soviético - formou o Viet Minh (Liga pela Independência do Vietnã).
Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, o Japão retirou suas forças do Vietnã. Depois disso, o imperador Bao Dai, de educação francesa, ficou no comando do país. Vendo uma oportunidade de assumir o controle, o Viet Minh imediatamente se rebelou, tomando a cidade de Hanói, no norte. Em 1945, foi declarada a independência da República Democrática do Vietnã, tendo Ho Ho Chi Minh como presidente.
Depois disso, vários conflitos eclodiram na região. Durante a Primeira Guerra da Indochina, que durou oito anos, os comunistas chineses de Mao Tsé-Tung apoiaram o Viet Minh, enquanto os Estados Unidos ajudaram as forças francesas e anticomunistas vietnamitas do sul. Em 1954, os franceses sofreram uma grande derrota em Dien Bien Phu, no noroeste do Vietnã, levando a negociações de paz que resultaram na divisão do Vietnã, acertada em uma conferência em Genebra. Com isso, Ho Chi Minh ficou com o comando do Vietnã do Norte, enquanto o Imperador Bao Dai controlava o Vietnã do Sul.
Em 1955, o político anticomunista Ngo Dinh Diem afastou o imperador Bao Dai e se tornou presidente do Vietnã do Sul. No final da década de 1950, surgiu uma guerrilha comunista no sul formada por apoiadores de Ho Chi Minh, apelidados de vietcongues. Com a Guerra Fria se intensificando em todo o mundo, os Estados Unidos endureceram suas políticas contra quaisquer aliados da União Soviética. Por isso o presidente Dwight D. Eisenhower anunciou apoio a Diem e ao Vietnã do Sul.
A partir do verão de 1955, Diem lançou a campanha "Denuncie os comunistas", durante a qual os comunistas e outros elementos antigoverno foram presos, torturados ou executados. Em agosto de 1956, ele instituiu a pena de morte contra qualquer atividade considerada comunista. No ano seguinte, os vietcongues e outros oponentes do regime de Diem começaram a revidar com ataques a funcionários do governo e outros alvos, e em 1959 deram início a batalhas contra o exército sul-vietnamita. Em dezembro de 1960, os oponentes de Diem no Vietnã do Sul - comunistas e não-comunistas - formaram a Frente de Libertação Nacional (NLF) para organizar a resistência ao regime.
Teoria do Dominó
Sob o pretexto da "teoria do dominó", que sustentava que se um país do Sudeste Asiático se tornasse comunista, muitos outros países o seguiriam, o então presidente John Kennedy aumentou o auxílio dos Estados Unidos ao Vietnã do Sul. Em 1962, a presença militar dos EUA no país atingiu cerca de 9 mil soldados, em comparação com menos de 800 na década de 1950.
Em novembro de 1963, um golpe de estado resultou na derrubada de Diem, que acabou executado. A instabilidade política resultante no Vietnã do Sul convenceu o sucessor de Kennedy, Lyndon B. Johnson, e o Secretário de Defesa Robert McNamara a aumentarem ainda mais o apoio militar e econômico dos EUA ao país.
Após o golpe, houve um período de caos. Hanói aproveitou a situação e aumentou seu apoio aos guerrilheiros. O Vietnã do Sul entrou em um período de extrema instabilidade política. Nos anos seguintes, a presença dos EUA no Vietnã se intensificou cada vez mais. Em março de 1965, Johnson tomou a decisão de enviar forças de combate dos EUA para lutar no Vietnã. Em junho, 82 mil tropas de combate estavam estacionadas no Vietnã, e os líderes militares pediam mais 175 mil até o final do ano para reforçar o exército do Vietnã do Sul.
Em novembro de 1967, o número de tropas americanas no Vietnã estava se aproximando de 500 mil, e as vítimas dos EUA atingiram 15.058 mortos e 109.527 feridos. À medida que a guerra prosseguia, alguns soldados desconfiavam das razões do governo para mantê-los lá, bem como das repetidas alegações de Washington de que a guerra estava sendo vencida.
Marchas e protestos
Nos últimos anos da guerra, houve um aumento da deterioração física e psicológica entre soldados americanos, incluindo uso de drogas, transtorno de estresse pós-traumático, motins e ataques de soldados contra oficiais. Bombardeada por imagens horríveis da guerra em suas televisões, a população dos EUA também se voltou contra a guerra: em outubro de 1967, cerca de 35 mil manifestantes protestaram em frente ao Pentágono. Os opositores da guerra argumentaram que os civis, e não os combatentes inimigos, eram as principais vítimas e que os Estados Unidos estavam apoiando uma ditadura corrupta em Saigon.
A opinião pública ficou chocada com a revelação de que os soldados dos EUA massacraram sem piedade mais de 400 civis desarmados na vila de My Lai em março de 1968. Após o massacre, os protestos contra a guerra continuaram a crescer. Em 1968 e 1969, houve centenas de marchas e protestos em todo o país.
Desgaste e fim da guerra
Após sucessivas derrotas e com o desgaste crescente perante a população, os Estados Unidos passaram a planejar sua retirada do conflito. Em janeiro de 1973, os EUA e o Vietnã do Norte concluíram um acordo final de paz, encerrando hostilidades abertas entre as duas nações. A guerra entre o Vietnã do Norte e Vietnã do Sul continuou, no entanto, até 30 de abril de 1975, quando as forças do Norte capturaram Saigon, renomeando-a Cidade de Ho Chi Minh (em homenagem ao líder comunista, morto em 1969).
Após quase 20 anos de guerra, cerca de 2 milhões de vietnamitas foram mortos, enquanto 3 milhões foram feridos e outros 12 milhões se tornaram refugiados. A guerra destruiu a infraestrutura e a economia do país, e sua reconstrução foi lenta. Em 1976, o Vietnã foi unificado como República Socialista do Vietnã, embora a violência esporádica tenha continuado nos próximos 15 anos.
Sob uma ampla política de livre mercado implementada em 1986, a economia vietnamita começou a melhorar, impulsionada pela exportação de petróleo e pela entrada de capital estrangeiro. As relações comerciais e diplomáticas entre o Vietnã e os EUA foram retomadas na década de 1990.
01 / Nov / 2020
Morre Tom Veiga, intérprete do Louro José
O ator Tom Veiga, que interpretava o personagem Louro José, morreu em 1º de novembro de 2020, aos 46 anos. Ele foi encontrado morto em casa, no Rio de Janeiro. Por mais de 20 anos ele manipulou o boneco, atração dos programas de TV da apresentadora Ana Maria Braga.
Em 1996, Ana Maria Braga teve a ideia de criar o Louro José. Naquela época, ela apresentava o programa "Note e Anote", na TV Record, atração que entrava no ar após a programação infantil. Assim, ela teve a ideia de fazer um personagem que chamasse a atenção das crianças.
Após várias pessoas terem sido testadas, Tom Veiga, coordenador de estúdio e produtor executivo do programa Note e Anote, foi escolhido para manipular o boneco. O papagaio logo se popularizou entre adultos e crianças. Em 1999, quando Ana Maria Braga foi contratada pela Rede Globo para apresentar o programa Mais Você, levou junto com ela o Louro José.
Mais que um mero coadjuvante, o personagem participa ativamente do programa com tiradas irônicas e bem-humoradas, contando piadas, opinando e até mesmo discordando propositalmente da apresentadora. “Precisava ser um bicho que falasse, que interagisse comigo, mas não podia ser cachorro, porque cachorro não fala, passarinho não fala. E, por eliminação, decidimos pelo papagaio. Eu tenho um em casa chamado Louro José. Ele fala e assobia o hino nacional", disse Ana Maria Braga.
Fonte: Wikipédia/History