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Desespero com estragos, falta de água potável e medo de choque marcam retorno às casas no RS

"Tudo perdido, 30 e poucos anos de vida e de trabalho", lamenta a auxiliar de serviços gerais Nair Sanchez, 55. Ela e seus vizinhos entraram em casa pela primeira vez nesta semana após todo o bairro Vicentina, em São Leopoldo, ficar debaixo d’água por mais de 20 dias.

O cenário das residências vizinhas é parecido. Muito lodo, móveis revirados, eletrodomésticos estragados e até os quadros de família na parede foram perdidos, manchados pela umidade.

O município foi um dos mais atingidos pelas enchentes que inundaram e destruíram cidades no Rio Grande do Sul.

Não bastasse o prejuízo, as pessoas ainda enfrentam o desafio em São Leopoldo, a cerca de 30 km de Porto Alegre, de limpar a casa sem água, uma vez que o serviço ainda não foi religado. A energia elétrica também segue interrompida. O medo, porém, é quando ela voltar.

"Olha essa tomada. Como não vai dar choque? Está encharcada e cheia de barro molhado", diz Sueli Fontana, que teve de pagar o aluguel do domicílio mesmo com a estrutura submersa na água.




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