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Deolane Bezerra é presa em operação contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais

A empresária, advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A prisão aconteceu na manhã desta quarta-feira (4), no Recife. Até a última atualização desta reportagem, a polícia não havia detalhado como funcionava o esquema criminoso.

A prisão de Deolane foi confirmada pela Polícia Civil de Pernambuco. De acordo com a corporação, a empresária foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste na cidade. A defesa da influencer ainda não havia se pronunciado até por volta de 10h30, mas a irmã dela disse que ela é inocente.

Uma das empresas que entraram na mira da operação é a plataforma de apostas online Esportes da Sorte, que patrocina times de futebol como o Corinthians, Athletico-PR, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Ceará, Náutico e Santa Cruz. Em nota, a empresa disse ter compromisso com a verdade e com o cumprimento de seus deveres legais.

A casa de apostas Vai de Bet também foi alvo da investigação. Um helicóptero que, segundo a polícia, teria ligação com essa empresa chegou a ser apreendido em Campina Grande, no Agreste paraibano. A empresa tem sede em Curaçao, país do Caribe, e está no mercado desde setembro de 2022. José André da Rocha Neto, empresário por trás da Vai de Bet, não está no Brasil, e a defesa da plataforma de apostas informou que não vai comentar a investigação.

19 mandados de prisão

Segundo a Polícia Civil, as investigações da operação "Integration" foram iniciadas em abril de 2023. Além da prisão de Deolane Bezerra, também foram expedidos outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia. Os nomes dos demais alvos não foram divulgados.

A Polícia Civil também informou que foi decretado o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações e bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. No entanto, até a última atualização desta reportagem, não esclareceu a quem pertencia cada bem. Um carro foi apreendido na mansão de Deolane, em São Paulo.

A irmã de Deolane, Dayanne Bezerra, disse nas redes sociais que a mãe, Solange Bezerra, também foi presa. A mulher chegou a passar mal após a prisão e foi levada para o hospital.

Entrega de passaportes e suspensão de porte de arma

Como parte da operação, também foi determinada a entrega de passaporte, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento do registro de arma de fogo de investigados, determinada pela 12ª Vara Criminal da Comarca de Recife.

Num apartamento na Avenida Boa Viagem, região nobre do Recife, a polícia apreendeu joias e dinheiro de um empresário da casa de apostas online Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho.

O advogado Pedro Avelino, que representa o empresário, falou com a TV Globo e informou que Darwin está em viagem a trabalho e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos (leia mais ao final da reportagem).

As investigações contaram com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi) da Polícia Civil de Pernambuco, da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp) e das polícias civis dos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. Ao todo, 170 policiais estão envolvidos na operação.

Influenciadora já foi alvo de outra investigação
Deolane Bezerra nasceu em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata do estado, mas mora na capital paulista desde criança. A influenciadora está em Pernambuco e na última publicação nas redes sociais mostrou a casa dos avós, em Vitória de Santo Antão, onde foi criada.

Em 2022, Deolane foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de ter relação com a Betzord, empresa de apostas esportivas na internet. Na época, a Betzord era investigada por "crime contra a economia popular e associação criminosa".

Fonte: G1




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