4 DE JULHO
04 / JUL / 1776
Dia da Independência dos Estados Unidos
No dia 4 de julho de 1776 o Congresso Continental, na Filadélfia, ratificou a independência dos Estados Unidos após a Guerra de Independência, entre junho e julho daquele ano. O fato consolidou o triunfo dos colonos norte-americanos e o princípio do autogoverno. A partir de então, os estados assinaram a Carta dos Direitos, composta por dez emendas à Constituição Federal, que proibia a restrição das liberdades individuais e garantia uma série de proteções legais. Este documento original está exposto ao público no arquivo nacional em Washington. Nos Estados Unidos a data é comemorada com desfiles, espetáculos, jogos, atividades esportivas, disparos de canhões, sinos, fogueira e iluminações especiais.
04 / JUL / 1862
Lewis Carroll tem a inspiração para escrever o clássico "Alice no País das Maravilhas"
"As Aventuras de Alice no País das Maravilhas" é uma obra de literatura infantil reconhecida mundialmente e criada pelo matemático, sacerdote anglicano e escritor britânico Charles Lutwidge Dodgson, sob o pseudônimo de Lewis Carroll. No dia 4 de julho celebra-se na Grã-Bretanha o "Dia de Alice". Isso porque nesta data, em 1862, ele teve a ideia para escrever o célebre livro.
Naquela ocasião, o autor saiu para passear de barco com a menina Alice Liddell e suas irmãs. No caminho para um piquenique, ele contou às crianças a história de uma menina que caiu em uma toca de coelho e foi parar em um mundo excêntrico chamado "País das Maravilhas". Alice gostou tanto da narrativa que implorou para que Carroll escrevesse um livro sobre as aventuras.
A obra acabou sendo publicada no dia 26 de novembro de 1865. O conto está cheio de alusões satíricas aos amigos de Dodgson, à educação inglesa e aos temas políticos da época. O País das Maravilhas que se descreve na história é fundamentalmente criado através de jogos com a lógica, de uma forma tão especial, que a obra chegou a ter popularidade nos mais variados ambientes de todo o mundo, desde crianças ou matemáticos até consumidores de drogas psicodélicas.
04 / JUL / 1946
É declarada a Independência das Filipinas
Em 1380 os Makdum, de origem árabe, foram os primeiros indivíduos a chegar ao arquipélago e formaram o que depois se transformou em um poderoso território islâmico, e que exerceu uma influência relevante durante os séculos seguintes. Por sua vez, o explorador português Fernando de Magalhães atracou na ilha em 1521 e reivindicou o território em nome de Espanha. No entanto, foi assassinado pelos chefes locais, que se opunham a suas pretensões. A Magalhães seguiu-se o navegante espanhol Ruy López de Villalobos, em 1543, que batizou estas terras como Filipinas em honra ao rei Felipe II e as deixou sob o seu domínio. Mas mais tarde, durante o século XIX, iniciou-se um movimento de independência e os filipinos - sob o comando do líder militar filipino Emilio Aguinaldo - decidiram lutar contra o jugo dos espanhóis na guerra hispano-americana de 1898, e foi depois da derrota espanhola que o general Aguinaldo declarou a independência das Filipinas, em 4 de Julho de 1946.
04 / JUL / 1948
Morre o escritor Monteiro Lobato, criador de O Sítio do Pica-pau Amarelo. Nos últimos anos, seus livros têm sido reavaliados e criticados devido a passagens que envolvem racismo.
No 4 de julho de 1948 morria, em São Paulo, o renomado escritor José Bento Monteiro Lobato, que se destacou principalmente na literatura infanto-juvenil. Ele ficou conhecido por clássicos como "Ideias de Jeca Tatu" (1918), "Reinações de Narizinho" (1931), "Caçadas de Pedrinho" (1933) e "O Pica-pau Amarelo" (1939). Mas, desde o início dos anos 2000 seus livros têm sido reavaliados e criticados devido a diversas passagens que envolvem preconceito e racismo.
Nascido no dia 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP), Monteiro Lobato sempre foi polêmico e árduo defensor das próprias ideias. Em 1917, publicou um famoso artigo que criticava uma exposição da pintora Anita Malfatti. O texto, chamado "Paranoia ou Mistificação?", falava das influências dos "ismos", como o futurismo, cubismo e surrealismo na arte de Malfatti que, apesar disso, tinha um "talento vigoroso, fora do comum". O escrito, contudo, não aprovava essa proximidade da artista com a cultura europeia. Com isso, Monteiro Lobato, de início, ganhou antipatia dos artistas ligados ao modernismo em São Paulo. Anos mais tarde, no entanto, ele faria as pazes com alguns representantes do movimento, como Mario de Andrade.
Nos anos seguintes, Lobato publicou seus primeiros livros. Em "Urupês" (1918), ele deu vida a um dos seus mais conhecidos personagens, o Jeca Tatu. Sua criação gerou muita polêmica, já que traçava um retrato pouco elogiável do "caipira" como um sujeito preguiçoso, que simbolizava a miséria do campo no Brasil. Outros livros de sua fase inicial são "Cidades Mortas" (1919) e "Negrinha" (1920).
Monteiro Lobato, no entanto, não é reconhecido apenas pelos livros que escreveu, mas também por ter opiniões polêmicas e crenças muito racistas. Há poucos anos foram descobertas diversas cartas em que o autor fazia elogios à Ku Klux Klan, seita supremacista branca que assassinava negros e judeus nos Estados Unidos. Além disso, ele foi um dos pensadores que defendia uma política eugenista no Brasil (teoria que visa a seleção de seres humanos com a finalidade de criar uma raça "melhorada"), pregando a superioridade da raça branca e o extermínio da população negra.
Em 1927, Monteiro Lobato mudou-se para os Estados Unidos. Ficou lá até 1931 e enfrentou problemas com o seu livro "O Presidente Negro e o Choque de Raças", no qual contava a história da vitória de um candidato negro à presidência dos Estados Unidos. A obra fazia uma defesa aberta da inferioridade da raça negra e da necessidade de adoção de medidas de esterilização. A ideia era tão absurda que, ao tentar publicar esse livro nos Estados Unidos, país que vivia o auge da segregação racial, Lobato foi rejeitado pelas editoras, que consideraram o livro muito ofensivo.
Apesar de não ter sido bem aceito nos Estados Unidos, sempre defendeu este país por conta do seu desenvolvimento, principalmente da infraestrutura. No seu retorno ao Brasil, em 1931, Monteiro Lobato defendeu com unhas e dentes um outro ideal: acreditava nas riquezas naturais do país e na produção de petróleo. Por conta disso, chegou a enviar uma carta ao presidente Getúlio Vargas, criticando o governo e foi preso. Em 1941, voltaria a ser preso pelo mesmo motivo. Esta luta pelo petróleo o deixou pobre e doente, resultando no derrame que causou sua morte em 1948.
04 / JUL / 1959
Maria Esther Bueno faz história ao vencer Torneio de Wimbledon
A tenista brasileira Maria Esther Bueno fazia história ao conquistar o tradicional torneio de Wimbledon, em Londres, na Inglaterra, no ano de 1959. Desta maneira, ela se tornou a primeira pessoa de nacionalidade brasileira a vencer um torneio da categoria Grand Slam, que engloba atualmente os quatro mais prestigiados torneios de tênis do mundo: além de Wimbledon, Roland Garros, Aberto dos EUA e Aberto da Austrália. A paulista Maria Esther Bueno ainda conquistou o torneio inglês em 1960 e 1964. Também se sagrou campeã de duplas em 1958 (com Althea Gibson), 1960 (com Darlene Hard), 1963 (Hard), 1965 (com Billie Jean King) e 1966 (com Nancy Richey). Ao longo de sua carreira, venceu 19 torneios Grand Slam (7 de simples; 11 em duplas femininas; 1 em duplas mistas). Segundo o Daily Telegraph, que registra a classificação dos tenistas entre 1914 e 1972, Bueno foi a nº. 1 do mundo em 1959 e 1960. Neste mesmo ano, entrou para a história ao ser a primeira mulher a ganhar os 4 Grand Slams jogando em duplas num mesmo ano (3 com Darlene Hard e um com Christine Truman Janes). Em 1978, ela foi incluída no International Tennis Hall of Fame, tornando-se a primeira brasileira a receber esta honraria. Ao longo de seus 20 anos de carreira, colecionou 589 títulos internacionais. Uma lesão no cotovelo direito, contudo, praticamente deu fim a sua carreira em 1967. Após várias cirurgias ele tentou retornar em 1970, mas sem o sucesso de antes.
04 / JUL / 1994
Morre Burle Marx, arquiteto e pintor brasileiro
Em 1994, morria no Rio de Janeiro, Roberto Burle Marx, artista plástico, reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho como arquiteto-paisagista. Nascido em São Paulo em 4 de agosto de 1909, ele morou boa parte de sua vida no Rio de Janeiro, onde estão seus principais trabalhos, contudo suas criações podem ser encontradas em vários locais do mundo. Aos 19 anos, Burle Marx teve um problema nos olhos e a família se mudou para Alemanha em busca de tratamento.
Permaneceram na Alemanha de 1928 a 1929, onde Burle Marx entrou em contato com as vanguardas artísticas. Lá conheceu um Jardim Botânico com uma estufa mantendo vegetação brasileira, pela qual ficou fascinado. Ele também visitou exposições que iriam lhe causar grande impacto como as de Picasso, Matisse, Paul Klee e Van Gogh. De volta ao Rio de Janeiro, em 1930, seu vizinho e amigo Lúcio Costa o incentivou a entrar para a Escola Nacional de Belas Artes. Ali conviveu com aqueles que se tornariam reconhecidos na arquitetura moderna brasileira como Oscar Niemeyer. Mais tarde ocupou o cargo de Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, onde ainda lidava com um trabalho de inspiração levemente eclética, projetando mais de 10 praças.
Em 1935, ao projetar a Praça Euclides da Cunha (a Praça do Internacional, conhecida também como Cactário Madalena) ornamentada com plantas da caatinga e do sertão nordestino, buscou livrar os jardins do "cunho europeu", semeando a alma brasileira e divulgando o "senso de brasilidade".
Sua participação na definição da Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental. Ele projetou o terraço-jardim para o Edifício Gustavo Capanema, considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. A partir daí, Burle Marx trabalhou com uma linha que o identificava com vanguardas artísticas como a arte abstrata, o concretismo e o construtivismo.
04 / JUL / 1996
1ª missão enviada a Marte com veículos robóticos de exploração
A Mars Pathfinder foi à primeira de uma série de missões a Marte que incluiu rovers (veículos robóticos de exploração). Esta missão a Marte foi a mais importante desde que outras aterrissaram sobre o planeta vermelho em 1976 e foi também a primeira missão a enviar um rover à superfície de outro planeta. A Mars Pathfinder foi lançada em 4 de Julho de 1996. Levou consigo um conjunto de instrumentos científicos para analisar a atmosfera de Marte, o clima, a geologia e a composição das rochas e o solo.
O projeto foi o segundo do programa Discovery da NASA, o qual promove o envio de naves de baixo custo e de lançamentos frequentes. Ainda que a missão estivesse programada para durar um mês e uma semana, estes limites foram excedidos por 3 vezes e 12 vezes respectivamente. O contato final com a Pathfinder foi às 10:23 UTC do dia 27 de Setembro de 1997.
Embora os planejadores da missão tenham tentado restabelecer contato durante os cinco meses seguintes, a bem-sucedida missão foi dada por encerrada em 10 de março de 1998. Após sua aterragem, foi renomeada como Estação Memorial Sagan em honra ao famoso astrônomo e planetólogo americano Carl Sagan.
04 / JUL / 2013
Bóson de Higgs, a "Partícula de Deus", teria sido finalmente descoberta
Após 50 anos de pesquisa, em um dia como esse, no ano de 2012, os pesquisadores do CERN (do Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear) anunciaram a descoberta do que seria o bóson de Higgs, também apelidado de Partícula de Deus. Em 14 de março de 2013, os cientistas divulgaram uma análise que indica que o Bóson de Higgs havia mesmo sido encontrado.
O bóson de Higgs é uma partícula elementar bosônica prevista pelo Modelo Padrão de partículas, que tem um efeito enorme para a compreensão do mundo em torno de nós, originada logo após o Big Bang. Esta partícula representa a chave para explicar a origem da massa das outras partículas elementares. O bóson de Higgs foi primeiramente teorizado em 1964, pelo físico britânico Peter Higgs, que estava trabalhando as ideias de Philip Anderson.
Entretanto, desde então, não existia tecnologia para provar a existência do bóson até o funcionamento do Grande Colisor de Hádrons (LHC) em meados de 2008. A faixa energética de procura do bóson vem se estreitando desde então e, em dezembro de 2011, limites energéticos se encontram entre as faixas de 116-130 GeV, segundo a equipe ATLAS, e entre 115 e 127 GeV de acordo com o CMS.
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