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18 DE JULHO

18 / JUL / 1610
Morre o pintor italiano Caravaggio

Michelangelo Merisi da Caravaggio nasceu em 29 de Setembro de 1571 e faleceu em 18 de Julho de 1610. Foi um pintor italiano considerado como o primeiro grande expoente da pintura barroca. Produziu em sua maioria pinturas religiosas. Com frequência escandalizava e suas telas eram recusadas por seus clientes.

Duas das reprovações habituais eram o realismo de suas figuras religiosas beirando o naturalismo, e a escolha de seus modelos entre pessoas de baixa condição. A pintura de Caravaggio que maior escândalo causou perante os olhos da Igreja foi A Morte da Virgem, pela representação realista do corpo da Virgem Maria, com o ventre inchado, obra que foi acompanhada de irritantes rumores segundo os quais o modelo teria sido o cadáver de uma prostituta grávida afogada.

Desta forma, a consideração que a Igreja Católica tinha por Caravaggio e seus quadros oscilou de um extremo a outro da sua carreira entre a acolhida entusiasta e a rejeição absoluta.

18 / JUL / 1821
Império brasileiro anexa a região do atual Uruguai

Em agosto de 1816, o império brasileiro aproveitou que as Províncias Unidas estavam em guerra contra os realistas para anexar a chamada Banda Oriental do Uruguai. Desta maneira, um poderoso exército invadiu o território uruguaio e, no dia 18 de julho de 1821, um grupo de orientais, partidários dos brasileiros encabeçados por Fructuoso Rivera, declarou a formação da Província Cisplatina e sua incorporação aos Império Brasileiro.

Em contrapartida, José Gervásio Artigas e Juan Antonio Lavalleja formaram uma força de libertação que deu início a uma grande luta contra as forças de ocupação. A invasão levaria à guerra entre Brasil e as Províncias Unidas com o triunfo das forças argentinas e, em seguida, à formação da República Oriental do Uruguai, em 1828.

18 / JUL / 1918
Nasce Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul

No dia 18 de julho de 1918 nascia em Mvezo, na África do Sul, Nelson Rolihlahla Mandela, o ex-líder rebelde, ex-presidente da África do Sul entre 1994 e 1999 e vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1993. Mandela representou a luta contra o Apartheid, sistema racista oficializado em 1948. Com formação acadêmica em Direito, ele prestou ao longo da sua vida serviços à humanidade e defendeu os direitos humanos.

Quando jovem, defendia a resistência não violenta. Foi julgado por traição, fugiu da polícia e recebeu a pena de prisão perpétua que resultou no seu encarceramento por 25 anos. Deixou a cadeia apenas em 1990, para então tornar-se o presidente da África do Sul e conduzir uma política de igualdade e democracia no país.

A figura de Mandela e sua luta durante a vida inspiraram vários filmes e livros. Recentemente ele lutou contra um câncer da próstata. Durante a Copa da África em 2010, muitos aguardavam ansiosos pela sua presença na competição, contudo, um acidente de carro que matou sua neta justamente após o show de abertura da Copa deixou Mandela de luto. Ele apenas compareceu pouco antes da partida final, por apenas três minutos, para um breve aceno ao público.

18 / JUL / 1925
Hitler publica o manifesto Mein Kampf

Em 18 de julho de 1925, sete meses depois de ter sido libertado da prisão de Landsberg, o líder nazista Adolf Hitler publicava o primeiro volume de seu manifesto pessoal, Mein Kampf ("Minha Luta"). Elaborado por Hitler durante a sua estadia de nove meses na prisão, o livro é uma narrativa amarga e recheada de desabafos antissemitas, desprezo pela moralidade, culto ao poder e planos nazistas de dominação do mundo.

A obra autobiográfica logo se tornou a bíblia do Partido Nazista da Alemanha. A partir do início da década de 1920, o partido começou a arregimentar uma legião de alemães ressentidos, que eram contrários ao governo da época, à política de esquerda e semeavam ódio a outros povos, como os judeus. No livro, Hitler basicamente estabeleceu sua agenda política 14 anos antes do início da Segunda Guerra Mundial.

Em novembro de 1923, depois que o governo alemão retomou o pagamento das reparações da Primeira Guerra à Grã-Bretanha e França, os nazistas lançaram a "Beer Hall Putsch" - primeira tentativa de tomar o governo alemão pela força. Hitler esperava que sua revolução nacionalista na Baviera se espalhasse pelo exército alemão insatisfeito que, por sua vez, iria derrubar o governo em Berlim. No entanto, a revolta foi imediatamente reprimida, e Hitler foi preso e condenado a cinco anos de prisão por alta traição. Apesar do encarceramento, Hitler desfrutava de regalias na prisão de Landsberg, recebendo convidados e presentes. Ele passava o tempo ditando sua autobiografia para seu colaborador Rudolph Hess e trabalhando em suas habilidades de oratória. Depois de nove meses de prisão, seus partidários do Partido Nazista fizeram pressão e conseguiram a sua libertação.

Na primeira parte de Mein Kampf, em mais de 400 páginas, Hitler critica o que considera ser os principais problemas que afetam a Alemanha - os franceses, que desejavam desmembrar a Alemanha; a falta de lebesraum (“espaço vital”) e a necessidade de expansão para a Rússia, ao leste. Além disso, ele ataca "a influência sinistra das raças mestiças", especialmente dos judeus, que deveriam ser "eliminados por meio de um processo sangrento". Para Hitler, o estado não era uma entidade econômica, mas racial. Ele defendia que a pureza étnica dos arianos era uma necessidade absoluta para uma Alemanha revitalizada.

Em Mein Kampf, Hitler também mostrava seu desprezo pelos comunistas e marxistas russos. "Se, com a ajuda de seu credo marxista, os judeus forem vitoriosos sobre os outros povos do mundo, sua conquista será a coroa fúnebre da humanidade, e este planeta, como aconteceu há milhares de anos, se moverá através do éter desprovido de homens". Em resumo, no primeiro volume da obra, Hitler defendia guerras contra a França e Rússia, a eliminação de raças "impuras" e ditadura absoluta.

O volume dois de Mein Kampf, com foco no nazismo, foi publicado em 1927. As vendas da obra completa foram baixas ao longo da década de 1920. Somente em 1933, primeiro ano do mandato de Hitler como chanceler da Alemanha, as vendas subiram para mais de 1 milhão de exemplares. Sua popularidade chegou ao ponto em que se tornou uma tradição dar uma cópia do livro a casais recém-casados.

Durante os próximos anos, Hitler e outros líderes nazistas reorganizaram o partido como um movimento de massa fanática que obteve maioria no parlamento alemão - o Reichstag. Por meios legais, em 1932, no mesmo ano, o presidente Paul von Hindenburg derrotou Hitler em uma candidatura presidencial. Em janeiro de 1933, von Hindenburg nomeou Hitler chanceler na esperança de que o poderoso líder nazista pudesse ficar à sua sombra, como um membro do gabinete do presidente. 

No entanto, Hindenburg subestimou a audácia política de Hitler, e um dos primeiros atos do novo chanceler foi usar o episódio do incêndio do edifício do Reichstag como pretexto para convocar eleições gerais. A polícia nazista de Hermann Goering reprimiu boa parte da oposição ao partido antes da eleição, e os nazistas conquistaram a maioria. Pouco depois, Hitler assumiu o poder absoluto através dos atos políticos. Em 1934, Hindenburg morreu, e os últimos remanescentes do governo democrático da Alemanha saíram do caminho, deixando Hitler livre para conduzir a nação para uma nova guerra e suas terríveis consequências.

18 / JUL / 1987
Morre o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre

 No dia 18 de julho de 1987 morria, em Recife (PE), Gilberto de Mello Freyre, sociólogo, antropólogo, historiador, escritor e pintor brasileiro. Ele foi um dos pioneiros no estudo histórico e sociológico dos territórios de colonização portuguesa como um todo.

Nascido em 15 de março de 1900, na capital pernambucana, ele estudou na Universidade de Columbia, nos EUA e, em 1922, publicou sua tese de mestrado "Social life in Brazil in the middle of the 19th century" (Vida social no Brasil nos meados do século XIX).

Contudo, sua obra mais conhecida é o livro Casa Grande & Senzala (1933), escrito em Portugal. Gilberto Freire também é autor de poesias como "Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados". Ele escreveu outros livros que têm Portugal como tema principal. São os casos dos livros "O Mundo que o Português Criou" e o "O Luso e o Trópico".

18 / JUL / 2006
Morre o ator Raul Cortez

No dia 18 de julho de 2006 morria, em São Paulo, Raul Christiano Machado Pinheiro de Amorim Cortez, conhecido apenas como Raul Cortez, consagrado ator brasileiro. Nascido no dia 28 de agosto de 1932, em São Paulo, durante sua longa carreira, ele participoua de 66 peças teatrais, 20 telenovelas e seis minisséries.

No teatro, obteve grande sucesso durante a década de 70. Sua consagração veio com a peça Rasga Coração (1979), onde contracenou com Lucélia Santos e interpretou um amargurado funcionário público e ex-militante comunista. A cena final é marcante: o funcionário público aparece nu, amarrado por cordas nos pés, e pendurado no ponto mais alto do palco.

Na televisão, ele se tornou uma estrela por conta de sua participação em novelas nas TVs Excelsior, Bandeirantes, Tupi e Rede Globo. Em 2005, por conta de um câncer no pâncreas, precisou suspender sua participação na novela Senhora do Destino, da Rede Globo. Contudo, a doença não cedeu e Raul Cortez morreu em São Paulo no dia 18 de julho de 2006.

18 / JUL / 2008
“Batman: O Cavaleiro das Trevas” estreia com a maior bilheteria de um final de semana

Em 18 de julho de 2008, “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, o quinto filme da franquia cinematográfica de Batman estreou nas salas de todos os EUA, seis meses após a morte de uma de suas estrelas, Heath Ledger, que interpretava o Coringa. “Batman: O Cavaleiro das Trevas” bateu o recorde anterior de “Homem-Aranha 3”, de 2007, para alcançar a maior bilheteria de um final de semana de qualquer filme da história, arrecadando cerca de 158 milhões de dólares. Ledger, que havia recebido uma indicação ao Oscar por sua performance em “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005), morreu aos 28 anos, de um overdose acidental de drogas em 22 de janeiro de 2008.

Heath Ledger nasceu em 4 de abril de 1979, em Perth, na Austrália, e, quando era adolescente, atuou em séries e filmes locais. Seu primeiro sucesso em Hollywood foi “10 Coisas Que Eu Odeio em Você” (1999), seguido de papéis em filmes como “O Patriota” (2000), “A Última Ceia” (2000), “Coração de Cavaleiro” (2001), “Honra & Coragem – As Quatro Plumas” (2002), “Ned Kelly” (2003) e “Os Irmãos Grimm” (2005). Ledger recebeu vários prêmios, incluindo uma indicação ao Oscar de Melhor Ator por sua atuação em “O Segredo de Brokeback Mountain”, no qual ele interpreta Ennis Del Mar, o ajudante de uma fazenda em Wyoming, que vive um romance gay com o peão de rodeio Jack Twist (Jake Gyllenhaal). Depois do sucesso de “O Segredo de Brokeback Mountain”, Ledger deu vida a uma das várias encarnações do ícone da música Bob Dylan em “Não Estou Lá”, de 2007.

“Batman: O Cavaleiro das Trevas”, que (como seu antecessor imediato, “Batman Begins”) foi dirigido por Christopher Nolan e estrelado por Christian Bale no papel principal, estava em pós-produção quando Ledger foi encontrado morto em seu apartamento em Nova York. Uma grande especulação da mídia se seguiu à sua morte, que, depois, foi anunciada como acidental. “Batman: O Cavaleiro das Trevas” marcou a primeira aparição de Ledger como o Coringa, o inimigo maníaco do homem-morcego. As críticas sobre a performance de Ledger foram excelentes quase universalmente, e começou um burburinho sobre a possível indicação póstuma ao Oscar – o que de fato se concretizou, com a vitória do falecido ator. Jack Nicholson interpretou o personagem em “Batman”, de 1989, o primeiro filme da franquia, que estrelava Michael Keaton como o homem-morcego.

Quando faleceu, Ledger estava no meio das filmagens de “O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus”, que foi coescrito e dirigido por Terry Gilliam (“Brazil – O Filme” e “Medo e Delírio”). Paralisada por dois meses, a produção do filme foi finalmente concluída quando três outros atores interpretaram variações sobre o personagem de Ledger. Posteriormente, foi divulgado que três atores – Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell – doariam seu pagamento pelo filme à filha de Ledger, Matilda, que ainda não tinha sido incluída no testamento de seu pai (que deixou sua herança para seus pais e irmãs) à época de sua morte. A mãe de Matilda é a atriz Michelle Williams, que contracenou com Ledger em “O Segredo de Brokeback Mountain”, e sua noiva de 2004 a 2007.

Em setembro de 2008, o pai de Ledger anunciou que sua família havia decido doar os seus bens a Matilda.

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