11 DE JULHO
11 / JUL / 1302
Travou-se a Batalha de Courtrai
A Batalha de Courtrai foi travada em 11 de Julho de 1302 por Felipe IV da França contra as milícias flamencas do conde Guido de Dampierre, próximo de Courtrai (atual Bélgica). O confronto iniciou-se com uma descarga dos balestreiros franceses que fez os flamencos retrocederem, enquanto os homens a pé aproveitaram para preparar o assalto.
Na manhã de 11 de Julho de 1302, a tropa francesa reagrupou seus batalhões em três grandes corpos. Por sua vez, os flamencos formaram um arco por trás do rio. Ambos os exércitos lançaram então sua onda de ginetes diretamente em direção ao grupo contrário, quando os franceses foram derrubados e depois aniquilados. Desta maneira, o conde Guido conseguiu fugir encabeçando suas tropas e atingir o reino e o total domínio do território da França.
11 / JUL / 1902
Nasce o historiador Sérgio Buarque de Holanda
No dia 11 de julho de 1902 nascia, em São Paulo, Sérgio Buarque de Holanda da Cunha, considerado um dos mais importantes historiadores brasileiros, além de ter sido jornalista, crítico literário e professor universitário. Ele também é pai dos músicos Ana de Holanda, Cristina Buarque, Miúcha e Chico Buarque. Em 1936, publicou o clássico "Raízes do Brasil", sua obra mais conhecida.
Em 1941, passou uma temporada nos Estados Unidos e, em 1946, já em São Paulo, assumiu a direção do Museu Paulista, onde ficou até 1956. Em 1958, entrou para a Academia Paulista de Letras. Entre 1963 e 1967, participou de missões da Unesco na Costa Rica e Peru. Em 1980, esteve na cerimônia de fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).
Neste mesmo ano, foi o ganhador dos prêmios Juca Pato, da União Brasileira de Escritores, e Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Ele morreu no dia 24 de abril de 1982, em São Paulo, aos 79 anos.
11 / JUL / 1915
Cruzador alemão é afundado pelos britânicos na África, na Primeira Guerra
O cruzador alemão SMS Königsberg foi afundado em um dia como este, no ano de 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, por dois pequenos navios (monitor) britânicos, no Rio Rufiji, na Tanzânia, na África. O Königsberg era um cruzador leve, construído pela Marinha Imperial alemã. Não era um navio próprio para combates, mas a embarcação alemã estava na África Oriental Alemã na época em que eclodiu a Grande Guerra, em agosto de 1914.
Inicialmente, o Königsberg, armado e destinado ao reconhecimento e escolta, tentou atacar os barcos que faziam o tráfego britânico e inglês na região. No dia 20 de setembro de 1914, ele surpreendeu e afundou o cruzador britânico HMS Pegasus, na Batalha de Zanzibar.
Depois, ficou abrigado no Rio Rufiji para reparar seus motores. Porém, antes que os reparos fossem concluídos, dois barcos britânicos encontraram o Königsberg. Como eram incapazes de destruir a embarcação alemã, eles criaram um bloqueio. Depois de várias tentativas para afundar o navio, os britânicos enviaram dois barcos “monitores”, Mersey e Severn, para destruir o cruzador alemão.
Em 11 de julho de 1915, as embarcações chegaram perto o suficiente para danificar seriamente o Königsberg, forçando a tripulação a afundar o navio. Os sobreviventes resgataram as armas do cruzador e se juntaram à campanha de guerrilha do tenente-coronel Paul von Lettow-Vorbeck. O Königsberg foi parcialmente desmontado entre 1963 e 1965 para sucata. Os restos do navio afundaram no leito do rio.
11 / JUL / 1944
Hitler recebe uma visita do seu quase assassino
Em 11 de julho de 1944, o conde Claus von Stauffenberg, um oficial do exército alemão, transportou uma bomba ao quartel de Adolf Hitler em Berchtesgaden, na Bavária, com a intenção de matá-lo.
Assim que a guerra começou a se virar contra os nazistas e as atrocidades cometidas por Hitler a crescer, um número cada vez maior de alemães – militares ou não – passou a conspirar o assassinato do Führer. Como as massas não ficariam contra o homem a quem eles confiaram seu futuro, estava nas mãos dos oficiais mais próximos de Hitler liquidá-lo. Os cabeças da conspiração recorreram a Claus von Stauffenberg, que tinha sido promovido recentemente de coronel e chefe da equipe a comandante do exército de reserva, o que lhe dava acesso ao quartel de Hitler em Berchtesgaden e Rastenburg.
Stauffenberg estava no exército alemão desde 1926. Enquanto servia como oficial na campanha contra a União Soviética, ele ficou revoltado com o tratamento cruel dado por seu compatriota aos prisioneiros judeus e soviéticos. Ele pediu que fosse transferido para o norte da África, onde perdeu seu olho esquerdo, sua mão direita e dois dedos da mão esquerda.
Após se recuperar de seus ferimentos e se sentir determinado a tirar Hitler do poder por quaisquer meios necessários, Stauffenberg viajou a Berchtesgaden em 3 de julho e recebeu pelas mãos de um colega do exército, o major-general Helmuth Stieff, uma bomba com um fusível silencioso que era pequena o suficiente para ser escondida em uma maleta. Em 11 de julho, Stauffenberg foi convocado a Berchtesgaden para informar a Hiter sobre a atual situação militar do país.
O plano era usar a bomba em 15 de julho, mas, no último minuto, Hitler foi chamado para o seu quartel em Rastenburg, na Prússia Oriental. Foi solicitado a Stauffenberg que o seguisse até lá. Em 16 de julho, houve um encontro entre Stauffenberg e o coronel Caesar von Hofacker, outro conspirador, no subúrbio berlinense de Wansee. Hofacker informou a Stauffenberg que os exércitos alemães haviam sido derrotados na Normandia e que a maré tinha virado contra eles no Ocidente. O plano de assassinato, então, foi adiado até o dia 20 de julho, em Rastenburg.
11 / JUL / 1947
Navio Exodus zarpa com 4.500 imigrantes judeus para a Palestina
O navio SS Exodus, que levava 4.500 imigrantes judeus (cosiderados ilegais, na época) para a Palestina (que estava sob domínio britânico), zarpou da França no dia 11 de julho de 1947. Seus passageiros, homens, mulheres e crianças eram sobreviventes do Holocausto ou refugiados. A embarcação, fabricada em 1928, havia sido adquirida pelo Hagana (uma organização militar judaica) para realizar a missão.
Antes de o Exodus chegar à Palestina, embarcações da marinha britânica cercaram o navio. Em 18 de julho, houve um confronto entre as forças navais britânicas e os passageiros do navio de refugiados. Um tripulante judeu e dois passageiros foram mortos. Dezenas foram baleados e sofreram outros ferimentos.
Então, os britânicos rebocaram o navio para Haifa e transferiram os passageiros para embarcações que voltavam para a Europa. Os navios desembarcaram pela primeira vez em Port-de-Bouc, na França, onde os passageiros foram obrigados a desembarcar. Quando as autoridades francesas recusaram-se a remover à força os refugiados, as autoridades britânicas, temendo a opinião pública, tentaram esperar até que os passageiros desembarcassem por conta própria. Os passageiros acabaram entrando em uma greve de fome que durou 24 dias. A cobertura da imprensa internacional forçou as autoridades britânicas a encontrar uma solução para o caso.
Os navios permaneceram lá por três semana. O governo britânico então transportou os passageiros para Hamburgo, onde foram levados para campos na zona britânica de ocupação na Alemanha. Com isso, grandes protestos aconteceram nos Estados Unidos e Europa. O embaraço público enfrentado pela Grã-Bretanha desempenhou um papel significativo para o eventual reconhecimento de um Estado judeu.
Os deportados foram transferidos em novembro de 1947 para a localidade alemã de Sengwarden. Dos 4.500 passageiros, havia apenas 1.800 remanescentes em dois campos de refugiados em abril de 1948. Muitos dos antigos passageiros tentaram voltar à Palestina e a maioria conseguiu quando Israel declarou a independência, em 14 de maio de 1948. Outros acabaram levados para campos de detenção em Chipre. Todos os detidos nesses campos foram transferidos para Israel quando a Grã-Bretanha reconheceu formalmente o Estado de Israel, em janeiro de 1949.
11 / JUL / 1987
Decreta-se o Dia Internacional da População
Estima-se que foi decretado em 11 de Julho de 1987 quando a população mundial atingiu a cifra de 5.000 milhões de pessoas. A partir dessa data, e da iniciativa da Organização das Nações Unidas, celebra-se no Dia Mundial da População. Este dia tem como objetivo primordial centrar a atenção de todos na importância dos problemas demográficos que afetam gravemente os planos de desenvolvimento de muitos países.
O crescimento atual da população é muito rápido e provoca um grande alarme entre os especialistas. Consequência deste crescimento são as inumeráveis dificuldades relacionadas, especialmente, com os recursos disponíveis (água, terras de cultivo, alimentos, atenção sanitária e educativa) e a deterioração do meio ambiente. Atualmente existem mais de 6.000 milhões de habitantes no planeta e as previsões mais pessimistas esperam quase 11.000 milhões de pessoas para o ano de 2050.
11 / JUL / 1995
Ocorre o Massacre de Srebrenica
O Massacre ou Genocídio de Srebrenica consistiu no assassinato de aproximadamente 8.000 bósnios na região de Srebrenica (Sudeste da Europa) em 11 de Julho de 1995, durante a Guerra da Bósnia. Este assassinato em massa, realizado entre as unidades do Exército sérvio da Bósnia, sob o comando do general Ratko Mladic, e um grupo paramilitar sérvio conhecido como "Os Escorpiões", se produziu numa zona previamente declarada como segura pelas Nações Unidas já que nesse momento se encontrava sob a proteção de 400 capacetes azuis holandeses.
O objetivo deste massacre foi à eliminação dos muçulmanos bósnios, mas além disso incluiu o assassinato de meninos, adolescentes, mulheres e idosos. Este fato constitui o maior assassinato em massa na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. A lista das pessoas assassinadas inclui 8.373 nomes. O conflito começou depois que a Bósnia iniciou seu caminho para a Independência com uma Declaração Parlamentar de Soberania em 15 de Outubro de 1991.
A República de Bósnia-Herzegovina foi reconhecida pela Comunidade Europeia em 6 de Abril de 1992 e pelos Estados Unidos no dia seguinte. No entanto, o reconhecimento internacional não pôs fim ao problema e estourou uma feroz luta pelo controle territorial entre os três grupos majoritários de população do país: os bósnios (muçulmanos) e os servo-bósnios (ortodoxos). A comunidade internacional fez várias tentativas para estabelecer a paz na região, mas seu sucesso foi muito limitado. No Leste da Bósnia, na zona fronteiriça com a Sérvia, a luta foi sangrenta entre ambos os grupos.
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