10 DE AGOSTO
10 / Ago / 1557
É travada a Batalha de San Quintín, entre Espanha e França
A Batalha de San Quintín foi o combate travado em 10 de agosto de 1557 entre os exércitos espanhóis e imperiais, sob o comando de Manuel Filiberto de Sabóia, e as tropas francesas do almirante Gaspar de Coligny, quando a França teve como objetivo invadir e dominar o território espanhol, objetivo que resultou frustrado, pois a batalha finalizou com a vitória hispano-imperial, onde morreram o conde de Turena e o duque de Enghien.
A Batalha de San Quintín situou-se no último período do confronto entre as casas de Habsburgo e de Valois, conflito que o novo rei da Espanha Felipe II recebeu como parte da herança da política internacional de seu pai, o imperador Carlos V. A quinta guerra deste longo conflito teve seu início nas disputas políticas entre a Monarquia Hispânica e o papa Paulo IV. O rei francês, Enrique II, encontrou nelas a ocasião de se aliar com o Papado e de voltar a questionar a hegemonia dos Habsburgo na Europa.
10 / Ago / 1793
É inaugurado o Museu do Louvre, em Paris
Considerado um dos museus mais importantes da atualidade, o Louvre, em Paris, foi inaugurado no dia 10 de agosto de 1793, durante a Revolução Francesa. O local recebe uma média de oito milhões de pessoas por ano e é o museu mais visitado do mundo.
Antes de se tornar um museu, o Palácio do Louvre era sede do governo monárquico francês desde a época dos Capetos medievais até o reinado de Luís XIV. No Louvre estão coleções que abrangem um período de oito mil anos de cultura e civilização do Oriente e do Ocidente. No museu, por exemplo, estão o quadro da Mona Lisa, a Vênus de Milo, coleções do Egito antigo, da civilização greco-romana e obras-primas de artistas como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo e Goya.
10 / Ago / 1823
Nasce o poeta Gonçalves Dias, autor do clássico Canção do Exílio
Poeta e autor do clássico Canção do exílio, Antônio Gonçalves Dias nasceu no dia 10 de agosto de 1823 na cidade de Caxias, no Maranhão. Ele tinha orgulho de ter em seu sangue as três etnias formadoras do povo brasileiro: a branca, do seu pai; e a indígena e negra, herdada da mãe, que era mestiça. Depois de iniciar os estudos em latim, francês e filosofia, ele partiu para a Europa, onde morou em Portugal em 1838. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, em 1840.
Voltou ao Brasil em 1845 e, por conta do seu tempo longe do país, escreveu Canção do Exílio e parte dos poemas de Primeiros Cantos e Segundos Cantos. Um ano após retornar ao Brasil, conheceu sua musa, Ana Amélia Ferreira Vale. Gonçalves Dias chegou a pedir a mão da moça em casamento, mas teve o pedido negado por causa de sua origem mestiça.
Por conta disso, várias de suas peças românticas foram escritas para ela, incluindo "Ainda uma vez Adeus". Depois de ter seu coração partido, Gonçalves Dias mudou-se para o Rio de Janeiro e se casou com Olímpia da Costa, de quem acabou se separando alguns anos depois.
Em 1862, o poeta retornou à Europa para fazer um tratamento de saúde. Como não obteve resultados, decidiu voltar ao Brasil. A viagem foi no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira. Todos se salvaram, menos Gonçalves Dias, que, debilitado, não conseguiu sair do seu camarote a tempo e morreu no dia 3 de novembro de 1864.
10 / Ago / 1912
Nasce o escritor Jorge Amado
No dia 10 de agosto de 1912 nascia, em Itabuna (BA), Jorge Leal Amado de Faria, um dos grandes escritores brasileiros. Ele é o autor com maior quantidade de obras adaptadas para a TV, como os casos dos sucessos Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos. Sua obra literária também foi adaptada para o cinema, teatro e serviu de inspiração para enredos de escolas de samba. Ele escreveu 49 livros sendo alguns editados em 55 países, em 49 idiomas.
Ele só foi superado em número de vendas pelo escritor Paulo Coelho. Seus livros têm como temas injustiças sociais, folclore, política, crenças e tradições e a sensualidade do povo brasileiro. Em 1951, recebeu o Prêmio Stalin da Paz e também títulos de Comendador e de Grande Oficial nas ordens da Argentina, Chile, Espanha, França, Portugal e Venezuela, além de ter sido feito Doutor Honoris Causa por dez universidades no Brasil, Itália, Israel, França e Portugal.
Em 1961, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998. Além de escritor profissional, Jorge Amado foi jornalista e político de posição ideológica comunista. Por conta disso, viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Foi casado com Zélia Gattai, também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve três filhos: João Jorge, sociólogo, Paloma, e Eulália. Ele morreu no dia 6 de agosto de 2001, em Salvador (BA), vítima de uma parada cardiorrespiratória, aos 88 anos.
10 / Ago / 1945
Japão aceita temos da Conferência de Potsdam de rendição incondicional
No dia 10 de agosto de 1945, apenas um dia após o bombardeio de Nagasaki, o Japão concordou com os termos da Conferência de Potsdam de rendição incondicional assim que o presidente dos EUA, Harry S. Truman, ordenou a suspensão dos ataques com bomba atômica. No dia 6 de agosto, os norte-amerianos haviam bombardeado Hiroshima e, três dias depois, Nagasak. Além disso, havia a invasão soviética da Manchúria. Diante desse quadro, a permanência do Japão na Segunda Guerra ficou insustentável.
Tóquio divulgou uma mensagem aos seus embaixadores na Suíça e na Suécia, que foi, então, passada aos Aliados. A mensagem aceitou formalmente a Declaração de Potsdam, mas incluiu a ressalva de que "disse que a Declaração não compreenderia qualquer demanda que prejudicasse as prerrogativas de Sua Majestade (o imperador Hirohito) como governante soberano." Quando a mensagem chegou a Washington, o presidente Truman ordenou a suspensão do bombardeio atômico. Enquanto prosseguiam as negociações entre Washington e Tóquio, a luta selvagem seguia entre o Japão e a União Soviética na Manchúria.
10 / Ago / 1966
Lançado primeiro satélite a orbitar a Lua
No dia 10 de agosto de 1966 era lançada, pela Nasa, a Orbiter 1, que tinha como principal objetivo fotografar a superfície lunar para análise de lugares seguros para o pouso das missões Surveyor e Apollo. Foi o primeiro satélite a orbitar a Lua. Além de equipamento fotográfico de alta resolução, ela possuía antena para comunicações e um motor para manobras.
Com sua entrada na órbita lunar, ela transmitiu importantes dados para futuras missões espaciais. Após ter cumprido sua missão, a Orbiter 1 foi jogada intencionalmente contra a superfície lunar no dia 29 de outubro.
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